Nó da madeira

2010. A obra compõe a exposição coletiva apresentada no CIDEC-Sul, na Universidade Federal do Rio Grande - FURG (RS). A instalação é parte da exposição coletiva Poema Vivo, organizada por Sérgio Schweitzer Cruz, Cláudio Tarouco de Azevedo e Claudia Moraes Silveira Tavares, apresentada em dezembro de 2010 no Geribanda (Mostra Cultural da MPU - Mostra de Produção Universitária da FURG) e em maio de 2011 no 17º aniversário do CAIC (Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente). Como resultado da ação, foi produzido um livro homônimo organizado por Sérgio Cruz, Cláudio Azevedo e Claudia Tavares. A poesia abaixo fez parte da instalação.

 

Nó da Madeira
É como o desenho do nó da madeira.
Um pingo esticado de tempo.
Preso no cerne,

desvelado no corte.


O tempo cortado no vento.
Ventilador que conta meu tempo.
O cuco lança no sopro o som da madeira,
quase poeira de chão batido.


Desenho pensado, imaginado;
Feito de nevoeiro, cheio de cheiro.
Cheiro de nevoeiro com água de aguaceiro.


Vida na morte da planta bem forte.
Nó da madeira.
Desenho de lágrima dentro da corticeira.

 

Cláudio Azevedo, 2011.

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